domingo, 28 de março de 2010

Tecnisa a primeira no universo digital?


O título é uma pergunta e eu não tentarei responder, afinal, não estou aqui pra defender ou dizer que determinada marca é mais ou menos.
Porém, gostaria de destacar essa empresa que a cada dia se coloca como fonte inspiradora no que se refere ao marketing digital.
Do meu ponto de vista os investimentos da Tecnisa casam exatamente com aquilo que entendo que as empresas devam fazer ao se embrenharem por este universo. Acho que a cada inserção da Tecnisa ela quer reafirmar o seguinte: Estamos à frente, pensando antes, projetando e participando das mudanças. Utilizamos ferramentas de relacionamento e os negócios acontecem com naturalidade e não o inverso.
A internet pode ser um ponto de venda? Pode, nada impede, porém acredito nela como peça fundamental para estratégias de relacionamento.

Digo isso porque vejo muitas empresas dizendo que estão na rede, nas redes, com sites, com blogs e etc. Mas ter um perfil no twitter, ter um site, um blog, nada disso tem a ver com presença nesse universo.
Uma empresa que tem uma diretoria de web e relacionamento, gerente de redes sociais, que monitora a todo instante a sua marca, interage com aqueles que citam a marca, essa sim pode ser considerada presente.
Na quarta-feira passada o Aloureiro (ger. de redes sociais da Tecnisa) postou no Twitter um link para o preenchimento de um formulário para ganhar um par de ingressos para o Cinemark, em comemoração aos dois anos de Tecnisa no Twitter. Respondi e na sexta-feira o par de ingressos estava em casa, isso é presença.
Alguém compra apartamento pela internet? Sem ir lá conhecer? Alguém compra apartamento pelo IPhone? Não, claro que não. Mas as pessoas se relacionam, se identificam com a marca e a partir daí com certeza se lembrarão da próxima vez que precisarem de um imóvel e irão transacionar.
Parabéns à Tecnisa.

quarta-feira, 24 de março de 2010

TV X Computador


Pesquisa do centro de estudos Nielsen aponta que os norte-americanos estão assistindo TV e usando a internet ao mesmo tempo e quase 60% dos telespectadores usam a internet junto com a televisão ao menos uma vez por mês.

Segundo o relatório do Nielsen, os resultados do estudo desmentem temores de que a internet estaria ganhando popularidade em detrimento da televisão tradicional.

"A preocupação inicial era que a internet, vídeos e entretenimento móvel iriam, aos poucos, tirar o público de TV tradicional, mas o aumento contínuo desse público, junto com a expansão do uso, indica algo bem diferente", disse o líder de produtos de mídia do Nielsen, Matt O'Grady.

O relatório sobre o quarto trimestre de 2009, que registrou dados de público de televisão, internet e mídia por celular, mostra um aumento de 35% no tempo que norte-americanos passam em frente à TV e na internet ao mesmo tempo, em comparação com o mesmo período de 2008.

Os norte-americanos passam 3,5 horas por mês assistindo à TV enquanto navegam na web, diz o estudo.

Já o uso de vídeos móveis aumentou 57% no ano, de 11,2 milhões de pessoas para 17,6 milhões. O crescimento é atribuído principalmente ao aumento nas vendas de smartphones.

As informações são da Reuters.

Pablo Souza

Estimular o consumo pode ser verde?

Com a sustentabilidade na moda, não faltam promoções “ecológicas”. Muitas estimulam os consumidores a comprarem mais para terem como recompensa um brinde “sustentável”, como ecobags ou camisetas de garrafa PET. O bônus, neste caso, compensa o lixo adicional e o efeito de estimular uma atitude consumista, um dos grandes problemas que contribui com a aceleração da destruição do nosso planeta?

Há pontos positivos nisso, diz Geraldo Aparecido Borin, coordenador do curso de gestão ambiental da PUC-SP. “É uma ação que ajuda a criar valores ambientais, gera um hábito e coloca no piloto automático a questão do consumo ambientalmente correto”, afirma. Mas será que consumir cada vez mais combina com essa postura em defesa da natureza? O blog separou algumas promoções do tipo para que você comente, opinando se essas ações de marketing compensam para o meio ambiente.

Ecobag pizza_Perdigão

Nesta promoção de 2009, o consumidor tinha de comprar três produtos Perdigão (entre pizzas e lasanhas) para ganhar uma ecobag, feita em algodão 100% orgânico (a empresa não mencionou o fornecedor).

camisapet_RS

Em dezembro de 2007, o Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre (RS), deixou de lado o tradicional sorteio de carros durante o Natal para oferecer camisetas de material reciclável para cada sortudo que consumisse R$ 200 nas lojas do estabelecimento.

OSRAM

Para a promoção “EcoMascote OSRAM” , de 2009, quem comprasse um kit com três lâmpadas de baixo consumo levava um urso solar de pelúcia (nada ecológico) e concorria a uma centena de eletrodomésticos economizadores de energia.

juncao taeq_feita

De dezembro de 2008 a fevereiro de 2009, a Taeq lançou a promoção “Bem equilibrada, comprou ganhou”. Ao gastar de R$15 a R$70 com produtos da linha do Pão de Açúcar, o consumidor era presenteado com ecobags, econecessaries e utensílios de bambu para cozinha.

Código verde

Em fevereiro de 2010, a “Liquidação Código Verde” distribuiu ecobags para quem gastava mais de R$ 150 a R$ 200 em 7 shoppings da rede Sonae Sierra Brasil, distribuídos em três estados do país.

eco_center 3

Em dezembro de 2009, o Shopping Center 3 , em São Paulo, deu ecobags para os consumidores que gastassem mais de R$ 300 em lojas do estabelecimento.

Pablo Souza

terça-feira, 23 de março de 2010

Ótima matéria com o criador do Estante Virtual


A cultura dos sebos
Criador do portal Estante Virtual, diz que os alfarrábios superaram as livrarias como estimuladores de leitura no Brasil e viraram reserva cultural da memória literária brasileira.
Luiz Costa Pereira Junior (Folha)

O administrador André Garcia tinha 26 anos quando abandonou uma promissora carreira na área de inteligência de mercado em operadoras de celular, no Rio. Estava farto do mundo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória.
Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta de oferta de usados na internet. Veio então o estalo. Em um ano, lançou o Estante Virtual, portal de compra de livros usados, que completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de obras reunidas.
Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários, em 300 mil buscas (12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura. "Ela tem de estimular a imaginação e a reflexão.
Qualquer leitura não é leitura", diz com a autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de intermediação. Garcia diz ser um erro achar que só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do país, afirma, fazê-la vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.

O brasileiro não gosta de ler ou não compra livros por achar muito caro?
Os dois. Há muita gente que poderia gostar e não gosta, mas há ainda mais gente disponível à leitura se o livro fosse barato. Para quem não gosta de ler, há a razão educacional: a escola ensina a não gostar, usa uma metodologia que tem êxito inverso. Temos uma base pedagógica em que ler é obrigatório e a biblioteca é vista como lugar de castigo. Mas leitura é subjetividade, é ver o que agrada à sensibilidade e se ajusta à sua forma de ser, ao seu momento. A escola nunca me deu esse espaço e duvido que, salvo exceção, garanta isso a muito aluno. Para os que driblam a escola e aprendem a gostar de ler, há um preço alto a ser encarado. Se você considerar só a lista dos dez mais vendidos, a média é de R$ 43 o exemplar. Lê esses livros quem tem mais recurso.

Muitos acham que best-seller estimula a leitura.
Tudo bem, o cara lê 800 páginas de Harry Potter. Mas esse tipo de livro leva mesmo a outra leitura que não seja a mais coisa parecida com Harry Potter? Outro dia, um membro da Câmara Brasileira do Livro disse num evento que se o brasileiro ler bula de remédio, ou revista de fofoca, já está ótimo. Na minha opinião, isso é só tecnicamente leitura. A leitura tem de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não é leitura.

O livro pode virar fator de exclusão social?
Sem estímulo à escolha, sim. Há essa segmentação, em que uma minoria de livros é bem mais apresentada que todo o resto. A leitura termina aberta a um universo restrito de não mais que uns vinte livros. Uma derrota para a cultura. As pessoas leem só isso? O.K., melhor que não ler. Mas é um quadro de pauperização preocupante. Não basta democratizar a leitura. É preciso democratizar os autores de qualidade.

Daí o papel dos sebos...
Drummond tem uma crônica, O Sebo, em que diz que o sebo é o verdadeiro templo da democracia literária. As livrarias se concentram nos 20% de produtos responsáveis por 80% das vendas. Fazem isso não porque são "malvadas", mas por não haver espaço para tudo. Não há como dar vazão a 1.500 títulos novos todo mês, 52 por dia, fora as reedições. Já o sebo virou uma reserva cultural. Nele, há os de agora, os de antes, os fora de catálogo. Estamos falando da história editorial do país, não só dos livros do momento.

Muitos evitam sebos pela poeira e desordem, não é?
Quem vê o sebo como o lugar de obras raras ou esgotadas deixa de usufruir o que ele tem a oferecer, pois trabalha com livro novo, seminovo ou em edição. À medida que as livrarias priorizaram os mais vendidos, os sebos viram que a demanda por eles cresceu. Boa parte se modernizou, está organizada. Os sebos com bagunça, obras empilhadas, empoeiradas, hoje são minoria.

Mas esse "preconceito" não impediu o avanço...
Se livro não fosse tão caro, sebos não teriam o papel que têm no Brasil. Em Portugal, os alfarrábios são só para obras raras e esgotadas, mesmo. Não se vai a um sebo português para comprar um novo Lobo Antunes ou Saramago, pois a loja não terá. Terá o exemplar raro, o autografado, a edição há muito esgotada. Aqui não, o sebo tem tudo, e o que a livraria de novos não tem mais, pois se concentrou nos mais vendidos e nos lançamentos recentes.

Qual o tamanho real desse mercado?
O Brasil tem hoje 1.800 livrarias em meio a 2.300 pontos de venda de livros. A estimativa de sebos é de 2 mil pontos de livros usados no país, 1.670 dos quais estão no Estante Virtual. Deste número, metade é de lojas de rua e a outra metade, de virtuais.

Quem toca esses virtuais?
Em geral, ex-professores, intelectuais aposentados, com muitos livros em casa, que ampliam o acervo e vendem. A gênese desse mercado ocorreu conosco. Antes, ia-se ao Mercado Livre ou montavam um blog, mas sem movimentação, pois ficavam perdidos na rede.
E aí surgiu o Estante.
Atuava na área de inteligência em operadoras de celular, mapeando mercados, mas cansei da hipercompetição, dos valores focados em maximizar lucros, das relações pessoais pouco saudáveis nas empresas e de brigar com concorrentes por um produto que era, de fato, igual ao deles. Chutei o balde, queria virar professor e me preparei para um mestrado em Psicologia Social na PUC-SP. Procurei livros para estudar quando veio o estalo.
Criar o lugar dos sebos...
Eu ia a bibliotecas e livrarias, e não achava o que queria. Nos sebos, vi uma forma de busca elementar. Olhava as lombadas, umas com as letras subindo; outras, descendo; mesmo com paciência, não achava. Vi, então, que o sebo era mais um lugar para deixar o livro encontrar você do que encontrar o livro que de antemão se deseja. É lugar de garimpagem, não busca. Fui à internet e só achei uns seis sites de sebos. Todos caros. Aquilo me chamou a atenção. Pelo desperdício de um acervo inalcançável - o cliente não conseguia uma mera busca. Eu me perguntei porque só uma elite de sebos estava na rede. Mas sabia a resposta: montar um site com acervo e sistema de busca não é barato, uns R$ 5 mil à época. Minha ideia era resolver a procura e criar uma vitrine para sebos sem visibilidade.

O início foi difícil?
No um ano que levou para preparar o site, mapeei o mercado. No final de 2005, quando lancei o Estante, contávamos com 68 sebos. Hoje temos 600 mil clientes a quem vendemos 5 mil livros ao dia. É mais do que as lojas de rua da Travessa, rede tradicional do Rio, ou do serviço on-line da Cultura, de São Paulo. Não vendemos o livro diretamente, fazemos a intermediação entre o livreiro e o comprador. A cada mil livros on-line, cada sebo fatura em média R$ 600 mensais.
Que livro é procurado?
Literatura estrangeira e brasileira, uns 20% e uns 15% da procura cada, o resto é pulverizado. O livro mais vendido é Vidas Secas, do Graciliano Ramos, que não chega a 900 cópias vendidos. É pouco, claro. No Estante, a venda é pulverizada, não há a discrepância das livrarias, em que um livro dispara milhares de cópias e o 50º mais vendido não passa de dezenas de exemplares. Nos sebos, não. O consumo é bem mais equilibrado. Considero isso uma vitória deles, que têm acervos diversificados e servem a todo gosto, não a um ou outro autor, editora ou tipo de leitura.

Tecnologias como kindle tornarão o sebo obsoleto?
Se livro impresso é caro, imagine depender de um intermediário de leitura que custa bem mais. Sebos atuam em nicho inverso, o de pessoas que querem uma leitura mais barata.

Para além da venda, a internet estimula a leitura?
Autores que não conseguem editora escoam sua produção em blogs. Nessa hora, a internet ajuda a ler e a criar. Mas o gênero mais lido da rede é o jornalístico, leitura informacional, utilitária, não uma ordem de leitura, digamos, mais preciosa. A internet atrapalha, de fato, quando a ênfase da leitura é nos simulacros de interação, como orkut, MSN, Twitter. Eu me pergunto se essas são reais formas de interação, se as comunidades interagem como comunidade. No Orkut, são muito usadas como decalque para a pessoa inserir em seu perfil. Não há convivência genuína.

Não é julgamento severo?
Não podemos apenas rejeitar essa interação, mas não se deve só endossá-la. Pois podemos virar a civilização dos simulacros de interação e dos protótipos de leitura. A escola precisa mostrar que ler dá prazer e nem tudo é interação genuína. Dizem que, como os tempos são dinâmicos, as pessoas não param para ler, daí ser preciso coisas mais dinâmicas, com jogos e tal. É desistir cedo demais. É preciso opor alguma resistência a essa temporalidade imediata.

O problema é a educação.
Não é só a educação. Há um grau de precarização da vida contemporânea, da mente ocupada o tempo inteiro, o dia todo tomado, sem tantas zonas de pausa, tudo se junta para o sujeito chegar em casa e não ter energia para ler. Exercitar a imaginação dá trabalho. O sistema de vida que levamos não facilita. A leitura está condicionada a fatores que talvez não consigamos de fato mudar. Não será só a escola a ser obstáculo, mas mudá-la é um começo.

Como estimular a leitura, nesse contexto?
De cara, a escolha do que ler, o processo da leitura, deve dizer algo ao leitor. Damos um sinal errado ao aluno ou filho quando o fazemos ler só para fazer prova. Quando perguntamos o que o personagem falou ou fez, só para saber se houve leitura por parte do garoto. Ler não é isso. Tem de haver prazer envolvido. Devemos nos opor a certos dogmas intelectuais, de que os clássicos devem ser venerados sem restrições, os livros precisam ser lidos até o final etc. Por mim, começaria as primeiras séries proibindo provas sobre não didáticos. Se o garoto não ler, pior pra ele. Mas não se deve puni-lo. Senão, começa a odiar. A ver o tempo na biblioteca como castigo. Isso não forma leitores, só os afasta.

Há também uma matéria de revista Trip, confira

Pablo Souza

Rede wireless a laser vai acabar com fios em casas e escritórios

Rede wireless a laser vai acabar com fios em casas e escritórios
Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/03/2010


A residência sem fios do futuro poderá usar um sistema de transmissão de dados baseado em um laser de altíssima frequência graças a um novo chip que transforma esses sinais ópticos em ondas de rádio.[Imagem: Michael Esposito]

Grande parte das residências e escritórios já conta com roteadores sem fio para distribuir os sinais de internet.

Logo, porém, um único aparelho poderá transmitir não apenas os dados dos computadores, mas também os sinais de telefonia, televisores de alta definição e rádio digital, aparelhos eletroeletrônicos - enfim, tudo o que for necessário para a chamada computação ubíqua, quando todos os dispositivos estarão interconectados em lares escritórios inteligentes.

Wireless de nova geração

A base dessa nova geração da tecnologia wireless foi lançada com o desenvolvimento de um dispositivo em miniatura capaz de converter pulsos de laser ultrarrápidos em sinais de radiofrequência - um passo essencial para tornar os fios algo verdadeiramente obsoleto nas comunicações.

"Certamente as ideias sobre os usos específicos da nossa tecnologia são futuristas e especulativos, mas nós vislumbramos uma única estação-base e tudo o mais sem fios," explica o Dr. Minghao Qi, da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos.

Ondas pulsantes

Normalmente, as ondas contínuas das transmissões convencionais de radiofrequência sofrem interferência e atenuação devido à reflexão nas paredes e nos objetos dentro de uma casa ou escritório.

A solução encontrada pelos pesquisadores foi substituir essas ondas contínuas por sinais pulsantes produzidos por um "gerador espectral" contido inteiramente dentro de um chip.

Cada pulso de laser dura cerca de 100 femtossegundos, ou um décimo de um trilionésimo de segundo. Dada a duração extremamente curta de cada pulso, o dispositivo torna-se capaz de transmitir dados extremamente rápido, na chamada banda ultra larga.

Esses pulsos são processados usando uma tecnologia chamada "onda óptica arbitrária", podendo ser utilizada tanto para transmitir quanto para receber sinais.

"Mas inicialmente a indústria irá comercializar dispositivos que só recebem sinais, para um tráfego de mão única, útil para televisores, projetores, monitores e impressoras," afirma Qi.

"Isso acontece porque a unidade de transmissão dos dados ainda é um tanto volumosa. Posteriormente, quando a unidade de envio de dados também for miniaturizada, poderemos desfrutar plenamente dos dois sentidos no tráfego de informações, permitindo a operação sem fio até dos discos rígidos dentro dos computadores," diz ele.

Janela de frequência

Para fazer a transmissão, o aparelho cria pulsos de laser com "formatos" específicos para demarcar seu começo e seu fim. Os pulsos são então convertidos em sinais de rádio com uma frequência de 60 gigahertz, uma "janela" ainda aberta no cada vez mais congestionado espectro de frequências.

Os microprocessadores tradicionais não conseguem transmitir dados em frequências tão altas por causa da temporização irregular com que seus transistores "abrem e fecham" para processar as informações.

Essa irregularidade na sincronização dos transistores não impede o funcionamento dos processadores porque eles operam em velocidade de "apenas" cerca de 3 gigahertz, mas impede totalmente o processamento adequado de sinais a 60 GHz.


Diagrama dos microrressonadores em anel, que fazem a conversão dos sinais ópticos em sinais de rádio. Da espessura de um fio de cabelo, esse dispositivo representa a miniaturização de uma mesa inteira repleta de lasers, espelhos e lentes. [Imagem: Minghao Qi]
Outra complicação é que os conversores digital-analógico necessários para converter a luz pulsante do laser em sinais de frequência de rádio não funcionam em frequências tão altas. A solução para esse problema até agora ocupava uma mesa antivibração, com vários metros quadrados, repleta de espelhos, lentes e outros componentes ópticos.

Agora, os pesquisadores miniaturizaram esta tecnologia o bastante para que o aparato inteiro caiba dentro em um chip de computador.

"Nós encolhemos milhares de vezes o tamanho da gigantesca instalação óptica," disse Qi.

Microrressonadores em anel

Os pesquisadores fabricaram minúsculos microrressonadores em anel, dispositivos que filtram certas frequências e permitem que outras passem. Uma série de microanéis foi combinada em um gerador espectral programável com 100 micrômetros de largura - mais ou menos a espessura de um fio de cabelo humano. Cada um dos microanéis tem cerca de 10 micrômetros de diâmetro.

A estação base de transmissão vislumbrada pelos pesquisadores seria uma espécie placa de expansão, que poderia ser inserida no slot de um computador.

O computador se encarregaria de todo o processamento das informações, um único ponto de contato para interagir com o restante dos dispositivos presentes no ambiente.

Contudo, alertam os pesquisadores, ainda levará pelo menos cinco anos para que a tecnologia esteja pronta para comercialização.

Pablo Souza

100 anos de Kurosawa (Folha de SP)


No dia do centenário de Kurosawa, Folha relembra cinemas da Liberdade
Fernanda Ezabella (Folha de S.Paulo)

A casa que lotava para ver o tilintar das espadas de samurai, nos filmes épicos de Akira Kurosawa, hoje só enche em dia de evento gospel. No bairro da Liberdade, em São Paulo, não há mais rastros da efervescência cinéfila da colônia japonesa, que por três décadas viu nascer e morrer quatro salas de cinema exclusivas para filmes japoneses: Cine Niterói, Cine Tokyo, Cine Nippon e Cine Jóia.
Diretor japonês Akira Kurosawa, que faria hoje 100 anos; bairro da Liberdade não traz mais rastros da efervescência cinéfila.
Na ocasião do centenário de Kurosawa (comemorado hoje), o mais importante cineasta japonês, morto em 1998 aos 88 anos, a reportagem foi atrás das memórias dos frequentadores desse circuito da Liberdade, que chegavam a dar volta no quarteirão em dia de lançamento, eles de terno e gravata, elas de vestido.

A sala mais antiga, o Cine Niterói, foi construída do zero, em 1953. Além dos dois andares de cinema, com 1.500 poltronas, havia um restaurante, um hotel e um salão de festas que chegou a receber exposições de Manabu Mabe (1924-1997).

"O cinema foi construído com muito feijão", lembra o japonês Susumu Tanaka, 96, sobre os carregamentos que fazia por fazendas do interior do Paraná, que ajudaram a pagar o empreendimento do irmão mais velho. "Deixávamos de jantar e ia todo mundo ao cinema", diz Tanaka, que deixou a cidade de Osaka aos 10 anos.
Acima fachada do Cine Niterói, que funcionou na av. Galvão Bueno entre 1953 e 1968, junto com restaurante, hotel e salão de festas.
Com a chegada dos outros três cinemas, distribuidoras japonesas se instalaram na região e passaram a trazer astros para divulgar os filmes, como Toshiro Mifune, o predileto de Kurosawa, e Yuzo Kayama, uma espécie de Roberto Carlos oriental. As companhias também ganharam exclusividade nas salas: a Toho, por exemplo, que tinha obras de Kurosawa e Eizo Sugawa, se aliou ao Cine Tóquio e, mais tarde, ao Jóia.

"O Cine Jóia era todo esculhambado, sujo, os banheiros cheiravam mal", lembra o monge budista Ricardo Mario Gonçalves, 68, que na época era um badalado tradutor de legendas da Toho, incluindo diversos de Kurosawa, como "Viver" e "Trono Manchado de Sangue". "Já o Nippon era o mais jeitosinho, as meninas todas uniformizadas, como aeromoças."

O "menos" japonês

A fama de Kurosawa, que já naquela época era considerado um gênio, ganhador de diversos festivais e um Oscar por "Rashomon" (1950), fazia com que seus filmes fossem além da Liberdade, chegando também ao Ipiranga ou Odeon. Isso levou muitos cinéfilos que viviam no circuito japonês a tachar a obra de Kurosawa de "muito ocidentalizada" ou "carne de vaca".

"Rejeitar Kurosawa virou um sinal de distinção", conta o pesquisador Alexandre Kishimoto, autor de uma tese sobre os cinemas, apresentada neste mês na USP. "Os não-nikkei [não descendente de japonês] que passaram a frequentar as salas da Liberdade tiveram a oportunidade de conhecer muito mais do cinema japonês do que só os filmes de sucesso dos festivais." Foi assim que críticos e cineastas brasileiros, como Carlos Reichenbach, passaram a conhecer, antes mesmo dos europeus, japoneses como Ozu, Naruse e Gosho.

Pablo Souza

segunda-feira, 22 de março de 2010

Código de barras mede frescor dos alimentos.

Criado por designers chineses, o Fresh Code resolve o problema de quem não tem o dom de reconhecer a qualidade dos vegetais.
Pode ser uma péssima ideia para donos de supermercados, mas um novo conceito de código de barras pode facilitar a vida de todas as pessoas que fazem compras - ainda mais a dos principiantes. Uma equipe de designers chineses criou o Fresh Code, um sensor inteligente que não deixará você voltar para casa com um alimento estragado.

Com o design de um código de barras, a invenção mede se um vegetal está bom para ser consumido ou não. O Fresh Code é colocado nas frutas, legumes e verduras e, de acordo com o tempo e o frescor dos alimentos, o gráfico desenhado nele vai sumindo. Quando desaparecer completamente, indica que o produto não deve mais ser consumido e o melhor é jogá-lo fora.

A criação de Sisi Yuan, Yiwu Qiu, Lei Zhao, Qiulei Huang, Lijun Zhang e Weihang Shu é, ainda, apenas um conceito. Nada foi divulgado sobre sua utilização no comércio. Mas será ótimo quando os vegetais vierem com data de validade em forma de código de barras, hein?

Pablo Souza

Para-brisa e tela de informações.

GM faz para-brisa virar tela com informações, feito com um matéria especial, vidro dianteiro pode indicar obstáculos no caminho e dar orientações.
Uma pesquisa da General Motors construiu um vidro frontal de carro que se assemelha a uma tela com informações relevantes. Obstáculos na estrada, animais na pista, a velocidade da via, radares, tudo aparece sinalizado nele. Em desenvolvimento pelo Grupo de Interface Homem Máquina da GM, em parceria com as universidade Carnegie Mellon e South California, o para-brisa com realidade aumentada (técnica que mistura objetos reais e virtuais) pretende ser mais um elemento de segurança nos automóveis.

O sistema usa dados de um sistema de sensores e câmeras para projetar, com laser, as informações sobre o caminho no vidro dianteiro. “Se você estiver dirigindo na neblina, poderá usar as câmeras infravermelho do veículo para identificar os limites da estrada e o laser poderia “pintar” esses limites no para-brisa ”, diz Thomas Seder, gerente do laboratório da GM. Além disso, a ideia é que uma integração com outros aparelhos possa indicar, no vidro, qual o melhor caminho a tomar para fugir do trânsito

A empresa informa à imprensa que a ideia do projeto é aliar este sistema a outros para baratear sua implantação nos veículos no futuro. Segundo Seder, um para-brisas com um sistema de navegação e câmeras com sensores para detectar objetos na pista combinado a um sistema de visão noturna poderá ser um item de segurança dos carros da GM em 2018.

Pablo Souza

Marketing de busca.


Muito se fala nas buscas pela internet, vamos entender um pouquinho sobre a realidade dessas buscas, os números a mecânica por trás dessas ferramentas. Marketing de busca é um conjunto de estratégias e ações para bom posicionamento em sites de busca, que envolve a otimização do sites e links patrocinados.
A partir dessa definição nó entendemos que precisamos criar as nossas aplicações web já pensando nos motores de buscas. Para nos ajudar, o principal dele o Google, nos disponibiliza uma série de ferramentas para que tenhamos melhores resultados.
Aí você me pergunta, como meu negócio aparecer no topo da primeira página? Te respondo: muito trabalho e sempre os dois ou três primeiros resultados são links patrocinados, bem como a barra lateral.
No próximo post vamos falar dessa categoria, que é um pouco mais simples, haja vista que é uma categoria de publicidade paga.
Já para bons resultados na busca orgânica, nos estenderemos mais, serão vários artigos com pontos importantes a serem estudados e analisados para que os resultados sejam satisfatórios.

Tenha um ótimo dia e seja feliz.
Pablo Souza

Robô movido a twitada.


Você twitta os comandos no celular, ele obedece à distância.
Agora já possível usar seu vício em Twitter para mover um gadget. A Nokia acaba de criar o Niko N900, um robô de lego controlado remotamente via Twitter.

Você manda o comando para a conta @N900Niko e ele obedece. Vai para frente, vira o corpo e até tira fotos com o celular Nokia N900 - que faz o papel de cabeça do bichinho. As imagens são automaticamente postadas no Twitpic e você pode comentar.

Os comandos que ele obedece são:

Para andar para frente, escreva no Twitter: @N900Niko move forward
Para se mover para trás: @N900 move backward
Para pedir que vire à direita: @N900Niko turn right
À esquerda: @N900Niko turn left
Virar o corpo: @N900Niko turn around
Para que ele tire uma foto e a poste no Twitpic: @N900Niko photo

Infelizmente o Niko é tão baixinho que as fotos não costumam ser mais atraentes que as canelas das pessoas ao redor - mas certamente existem coisas muito menos interessantes para as quais você usa o seu Twitter....

Pablo Souza
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